quarta-feira, 25 de março de 2009

Feliz desaniversário!


As estatísticas provam que só há um aniversário.
- Minino! Um somente em cada ano!

- Ah! Mas há 364 desaniversários.
- Por isso nós vamos tomar muito chá!
- Então hoje é meu desaniversário?!
- Oh é!
- Oh é!
- Oh, que coincidência...
- Bem nesse caso...

- Um bom desaniversário...

- Pra mim?

- Sim!

- Um bom desaniversário... Cláudia Oliveira.

- Agora assopre a vela mas não queimes o nariz! Um bom desaniversário feliz!

terça-feira, 17 de março de 2009

Perguntas cuja resposta eu acho que tinha o direito de saber - as "regras do jogo":

  1. O mundo é justo?

  2. Somos vulneráveis a "energias ruins" (mal-olhados, trabalhos, lugares pesados, etc), ou isso não existe?

  3. Algum dia deixaremos de existir? Ou nossa existência é eterna?

  4. Você acredita em Deus ? Se ele existe, é de fato "onisciente"? É uma criatura bondosa, ou é egoísta e cruel como o deus do "velho testamento"?

  5. As almas pré-existem e ficam "à espera" de um corpo para encarnar ou são criadas à medida que as pessoas têm filhos?

  6. Se existem vidas passadas, os medos que adquirimos nelas nos afetam?

  7. Em que década eu irei morrer? * não gostaria de saber em que ano, já que isso seria meio assustador, mas saber em que década já ajudava a fazer planos... ;-)

  8. Animais e plantas sofrem?

  9. A capacidade de gerar felicidade (aquilo que faz alguns serem felizes mesmo com uma vida ruim e outros serem infelizes mesmo com tudo aparentemente ok) é de recebimento "kármico", é de recebimento aleatório e imutável, ou pode ser adquirida por qualquer um (através de alimentação e ritmo de sono adequados, etc)?

  10. Existem "realidades alternativas" à nossa, no estilo das histórias de ficção-científica?

  11. Existe "Destino"?


segunda-feira, 16 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ana Terra


A história começa no século XVIII com Ana Terra, uma jovem da capitania de São Paulo que foi viver no Rio Grande do Sul, com sua mãe, D. Henriqueta, seu pai, Maneco, e seus dois irmãos, Antônio e Horácio. Moravam numa estância bem longe do vilarejo. A maior parte do tempo estavam trabalhando. Os homens na roça e as mulheres, em casa.

A vida para Ana Terra era muito difícil, pois seus desejos normalmente nunca eram atendidos. Até que um dia, enquanto lavava roupa na sanga, Ana encontrou um mestiço de índio ferido, chamado Pedro Missioneiro. Foi difícil para Pedro ganhar a confiança da família, principalmente do pai, Maneco Terra, mas aos poucos foi se mostrando útil e confiável. Ana sentia por ele um sentimento estranho, uma mistura de nojo e desejo. Mas certo dia, Ana se entregou a Pedro e mais tarde veio a descobrir que estava grávida.

O medo que tinha de seu pai era tanto que escondeu o segredo da gravidez durante muito tempo. Porém, não se contendo mais, revelou tudo a sua mãe. Antes mesmo de ter dado tempo de sua mãe a consolar, Maneco Terra ouviu a conversa. Ana foi simbolicamente excluída da família. Seu pai se recusava a olhar para ela, e ainda mandou os irmãos de Ana matarem Pedro Missioneiro.

Meses depois, nem ao menos com o nascimento de Pedro Terra, filho de Ana e Pedro Missioneiro, a família passou a dar mais atenção a ela. Raramente Maneco conversava com o neto, falava com ele apenas sobre a plantação de trigo.

Seus irmãos se casaram, mas apenas Antônio manteve-se na estância, pois Horácio foi morar em Rio Pardo, o vilarejo mais próximo. Alguns anos mais tarde, Dona Henriqueta faleceu, mas isso não foi um motivo para abalar Ana, pois, para ela, sua mãe estaria deixando de ser tratada como “escrava”.

Então, após um tempo, a estância foi invadida por castelhanos. Ana mandou a cunhada com as crianças para se esconder no mato, e se aventurou a ficar na casa junto com os homens da família, pois, se encontrassem roupas de mulher no local, os bandidos procurariam não só por ela, mas também pela cunhada, o que aumentaria a desgraça. Foi estuprada, violentada. E, ao se recuperar, foi em busca da cunhada. Encontrou o pai e o irmão mortos. A casa já estava praticamente destruída.

Ana, Eulália (sua cunhada) e as crianças foram começar uma vida nova em um vilarejo recém fundado chamado Santa Fé. As terras dessa região pertenciam a Ricardo Amaral.

Lá, eles construíram uma casa. Ana tornou-se parteira, e Pedro, não mais criança, logo teve que participar de uma guerra contra os castelhanos. Voltou vivo, se casou e teve um filho. Teve que ir à guerra novamente, e, desta vez, com a promessa de voltar vivo, pois tinha uma família para cuidar.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Geração Y


Em Cuba, poucos conhecem a filóloga de 32 anos que ganhou fama internacional ao criticar, desde abril do ano passado, as regras do governo de Fidel e Raúl Castro por meio de um blog. Yoani foi indicada pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do mundo. Pelos meios de comunicação cubanos, estatais, foi possível saber que a lista incluía o presidente da Bolívia, Evo Morales. Nenhuma menção a Yoani.

O blog Geração Y relata o cotidiano de Cuba, critica a falta de limões no mercado, o ensino oferecido na escola a seu filho, a dificuldade em receber correspondência. Questionada uma vez se restou algo de positivo no regime cubano, e ela é taxativa: “O mais positivo é ter vivido uma experiência que nos diz: por aqui, não devemos seguir”.

Yoani sabe que está em um terreno inflamável. Mas continua testando os limites do governo cubano e ignorando os críticos. “Podem usar meu discurso como quiserem, isso não vai mudar o que eu digo. Não escrevo para satisfazer os de Miami ou o Partido Comunista”, diz. É exatamente essa constante tensão entre Yoani e o governo de Fidel e Raúl Castro que torna sua história tão chamativa – e intrigante. Mesmo em um ambiente de guerra fria, Yoani fala o que pensa sem ser presa ou interrogada. Até o fechamento desta reportagem, as represálias que havia sofrido foram bloqueios, supostamente ordenados pelas autoridades, e a recusa do governo em deixá-la ir a Madri.

Para uns, esses episódios confirmam a intolerância dos Castros contra opositores. Para outros, é exatamente o contrário: Yoani é uma prova de que não há censura em Cuba. “O governo não pode controlar o que uma pessoa publica porque esse tema não está regulamentado ainda. Ao contrário do que aconteceu com o material impresso, não há leis que impeçam um cidadão cubano de colocar suas opiniões na internet”, diz Yoani. A rede é uma espécie de zona neutra onde o Estado cubano não controla a informação nem a entrada e saída, ainda que virtual, de seus cidadãos. “No ciberespaço, minha voz pode viajar sem limites, sair e voltar sem pedir licença”.

quarta-feira, 11 de março de 2009