sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Parece-me que meu prazer de ouvir músicas é muito maior pela manhã. Talvez eu devesse tentar fazer mais coisas de manhã cedo... trocar uma noite sem prazeres por uma manhã com prazeres...

Só hoje me caiu a ficha... sempre tentei entender as diferenças de ânimo e empolgação entre eu e as outras pessoas considerando “empolgação” (na falta de palavra melhor – me refiro a aquilo que eu tenho em relação a certos objetivos meus) como um oposto de depressão. E provavelmente não é. A analogia mais próxima que me ocorre é a do brilho e do contraste em uma imagem. Eu teria uma das duas coisas (vamos dizer que seja o contraste) muito maior que o das outras pessoas. E teria o brilho (vejamos o brilho como sendo a ausência da depressão “normal”) num nível quase continuamente menor.
Numa sociedade em que a maioria das pessoas seria passível de ter problemas apenas no “brilho”, e tendo eu também alguns problemas ocasionais de “brilho”, o fato de eu ter o “contraste” bem acima do nível normal passaria despercebido... Porém, só isso explicaria por que, mesmo com mais baixo de brilho, minha “imagem” não fica igual à dos outros com “brilho” similar... há outra coisa, outro ajuste independente envolvido.

Ou seja, antes eu pensava que só havia uma tecla deslizante de ajuste: mais ou menos depressão. Depois vi que a “capacidade de simbolização” seria uma tecla independente. Agora haveria uma terceira tecla. Obs: ainda me faltam elementos para saber com certeza se “capacidade de simbolização” e este “contraste” são mesmo um segundo e um terceiro fatores, ou apenas um segundo fator único.

Será que minha capacidade de simbolização exacerbada não poderia ser uma coisa boa quando estou bem e uma coisa ruim quando eu já estivesse meio mal? Não poderia ela realçar a percepção da depressão?

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