quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Será que (dentro de certos limites) não haveria um mínimo de momentos felizes a serem necessariamente sentidos em um dado período de tempo ? Por exemplo, será que ao longo de, digamos, 3 meses, não haveria inevitavelmente alguns momentos bons, por uma simples questão bioquímica ? Tal como não há sono sem sonho, haveria momentos de escape também quando estamos acordados. Se a realidade dá momentos propícios, somos felizes neles. Se não, a nossa forma de perceber a realidade se alteraria para termos um mínimo de momentos bons mesmo em épocas ruins.
Ou seja, eu avaliaria a felicidade de curto prazo (a última semana, o dia em que estou, etc) com base no meu estado (alegre, deprimido, etc) momentâneo, e não com base na felicidade real que eu vivi no período.

A felicidade poderia ser entendida como o "somatório das felicidades instantâneas" (algo semelhante a uma derivada). Quanto mais próximas entre si as avaliações instantâneas, maior a precisão. Mas, mesmo nesse caso, onde entram os sonhos que tive dormindo e não recordei ao acordar ? Fazem parte do somatório da felicidade ?

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